A moeda fiduciária é simplesmente dinheiro cujo valor é garantido pelo governo que a emite, sem backstop de bens físicos como o ouro ou a prata. Seu valor depende inteiramente da confiança e do poder do governo emissor. Hoje, quase todos os países usam este sistema para comprar, vender, investir e poupar, abandonando sistemas anteriores baseados em commodities.
Origens e evolução
Tudo começou na China durante o século XI, quando a província de Szechuan começou a emitir moeda papel intercambiável por seda e metais preciosos. Depois, o imperador Kublai Khan estabeleceu o primeiro sistema fiduciário completo no século XIII. Ironicamente, muitos historiadores apontam que este sistema contribuiu para a queda do Império mongol pelo gasto descontrolado e a hiperinflação resultante.
A Europa experimentou com este tipo de moeda desde o século XVII, com resultados desastrosos em alguns casos como a Suécia, que rapidamente voltou ao padrão prata. Os Estados Unidos finalmente abandonaram o padrão ouro em 1972 sob Nixon, impondo o sistema fiduciário a nível internacional.
Fiduciária vs. Padrão ouro
Sob o padrão ouro, cada nota estava respaldada por uma quantidade equivalente de ouro em reservas governamentais, limitando severamente a capacidade de criar novo dinheiro. Em contraste, o sistema fiduciário permite aos governos imprimir dinheiro sem respaldo físico, dando-lhes maior controle sobre a economia através de ferramentas como a banca de reserva fracionária e a flexibilização quantitativa.
Os defensores do ouro insistem que um sistema respaldado por algo físico é mais estável, enquanto os partidários do dinheiro fiduciário argumentam que o ouro também tem sido historicamente volátil, e que o sistema atual permite maior flexibilidade perante crises económicas.
Vantagens e desvantagens
Este sistema tem claroscuros evidentes. Por um lado, elimina problemas de escassez, reduz custos de produção, facilita o comércio internacional e resulta mais conveniente do que armazenar ouro. No entanto, carece de valor intrínseco, o que permite aos governos criar dinheiro do nada, com o risco de hiperinflação. Historicamente, muitos sistemas fiduciários acabaram em colapsos financeiros.
Fiduciária vs. Criptomoedas
Embora nenhuma esteja respaldada por bens físicos, aí terminam as semelhanças. Enquanto o dinheiro fiduciário é controlado centralmente, as criptomoedas são descentralizadas graças à tecnologia blockchain. O Bitcoin tem um suprimento limitado e predefinido, ao contrário do dinheiro fiduciário que pode ser criado indefinidamente.
As criptomoedas não conhecem fronteiras nem têm forma física, facilitando transações globais. As suas transações são irreversíveis e mais difíceis de rastrear. No entanto, o seu mercado continua a ser pequeno e volátil comparado com o sistema tradicional, o que limita a sua adoção universal.
O futuro de ambos sistemas é incerto. As criptomoedas enfrentam desafios, mas a história mostra a fragilidade do dinheiro fiduciário. O Bitcoin não foi criado necessariamente para substituir todo o sistema atual, mas para oferecer uma alternativa que potencialmente poderia construir um sistema financeiro melhor.
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O que é a moeda fiduciária?
A moeda fiduciária é simplesmente dinheiro cujo valor é garantido pelo governo que a emite, sem backstop de bens físicos como o ouro ou a prata. Seu valor depende inteiramente da confiança e do poder do governo emissor. Hoje, quase todos os países usam este sistema para comprar, vender, investir e poupar, abandonando sistemas anteriores baseados em commodities.
Origens e evolução
Tudo começou na China durante o século XI, quando a província de Szechuan começou a emitir moeda papel intercambiável por seda e metais preciosos. Depois, o imperador Kublai Khan estabeleceu o primeiro sistema fiduciário completo no século XIII. Ironicamente, muitos historiadores apontam que este sistema contribuiu para a queda do Império mongol pelo gasto descontrolado e a hiperinflação resultante.
A Europa experimentou com este tipo de moeda desde o século XVII, com resultados desastrosos em alguns casos como a Suécia, que rapidamente voltou ao padrão prata. Os Estados Unidos finalmente abandonaram o padrão ouro em 1972 sob Nixon, impondo o sistema fiduciário a nível internacional.
Fiduciária vs. Padrão ouro
Sob o padrão ouro, cada nota estava respaldada por uma quantidade equivalente de ouro em reservas governamentais, limitando severamente a capacidade de criar novo dinheiro. Em contraste, o sistema fiduciário permite aos governos imprimir dinheiro sem respaldo físico, dando-lhes maior controle sobre a economia através de ferramentas como a banca de reserva fracionária e a flexibilização quantitativa.
Os defensores do ouro insistem que um sistema respaldado por algo físico é mais estável, enquanto os partidários do dinheiro fiduciário argumentam que o ouro também tem sido historicamente volátil, e que o sistema atual permite maior flexibilidade perante crises económicas.
Vantagens e desvantagens
Este sistema tem claroscuros evidentes. Por um lado, elimina problemas de escassez, reduz custos de produção, facilita o comércio internacional e resulta mais conveniente do que armazenar ouro. No entanto, carece de valor intrínseco, o que permite aos governos criar dinheiro do nada, com o risco de hiperinflação. Historicamente, muitos sistemas fiduciários acabaram em colapsos financeiros.
Fiduciária vs. Criptomoedas
Embora nenhuma esteja respaldada por bens físicos, aí terminam as semelhanças. Enquanto o dinheiro fiduciário é controlado centralmente, as criptomoedas são descentralizadas graças à tecnologia blockchain. O Bitcoin tem um suprimento limitado e predefinido, ao contrário do dinheiro fiduciário que pode ser criado indefinidamente.
As criptomoedas não conhecem fronteiras nem têm forma física, facilitando transações globais. As suas transações são irreversíveis e mais difíceis de rastrear. No entanto, o seu mercado continua a ser pequeno e volátil comparado com o sistema tradicional, o que limita a sua adoção universal.
O futuro de ambos sistemas é incerto. As criptomoedas enfrentam desafios, mas a história mostra a fragilidade do dinheiro fiduciário. O Bitcoin não foi criado necessariamente para substituir todo o sistema atual, mas para oferecer uma alternativa que potencialmente poderia construir um sistema financeiro melhor.